Dieta de Daniel é Redescoberta

Sementes e Frutos. Parece pouco, limitado. Parece pobre e insuficiente. Olhando do alto do século XXI, com uma vasta oferta de produtos alimentícios, de todo tipo de origem (animal, vegetal, artificial, químico, transgênico, etc...) a primeira impressão é que não dispor de tudo isso seria uma grande perda. Mas é só impressão. A nova onda entre os ricos e famosos de Hollywood é tudo cru. Do ponto de vista científico nutricional, é cada vez mais confirmado o poder dos alimentos in natura em prover tudo o que o corpo equilibradamente precisa. Assim o corpo se fortalece e rejuvenesce. Para a indústria das imagens, isso é tudo. Estender a juventude, preservar a beleza e ampliar a capacidade mental sempre foi uma busca pelo "santo Graal".

Mas a Dieta de Hollywood, a Dieta de South Beach, se difere da Dieta de Daniel. São semelhantes em aproveitar os alimentos em seu estado original, não industrializado, não refinado. São diferentes nos tipos de alimentos focados. Enquanto a Dieta de South Beach inclui tudo o que se pode comer cru, a Dieta de Daniel segue a fórmula do Éden, segundo a qual Deus, na Bíblia, fez o topo do reino vegetal sustentar o topo do reino animal. Essa lógica é simples: o topo do reino animal é o ser humano; e o topo do reino vegetal é aquilo que a planta vive para produzir: sua semente, seu fruto. Segundo o livro de Gênesis, essa fórmula é a mais perfeita que Deus inventou para a alimentação humana - com a condição de que sejam produzidas em cima da terra. Todo o resto da planta, flores, folhas, caule e raízes seriam destinados ao resto da cadeia animal. É isso que está revolucionando antigos paradigmas... essa busca por vivênciar mais uma ordenança do Éden esquecida.

A lição da Escola Sabatina colocou "mais brasa na fogueira" ao abordar justamente esse tema, confirmando para o grande público aquilo que estudiosos já vinham dizendo: Daniel escolheu a Dieta do Éden. Mas a Dieta de Daniel ou do Éden poderia passar desapercebida se não fosse a rapidez em gerar resultados positivos na vida de quem a adota. Quem o faz garante que não se sente restringido, por causa da grande quantidade de cereais, feijões, castanhas, frutas ácidas e doces ou neutras como berinjela, pepino, abóbora, etc.

01 - A Bíblia fala que Daniel se alimentava só de "legumes".
Falso. Daniel 1:12 foi traduzido limitadamente por alguns tradutores que não consideraram a expressão "Zeroim" em hebraico, que quer dizer "sementes e frutos", a mesma usada em Gên. 1:29, quando Deus estipulou a alimentação perfeita para o ser humano ao criá-lo. Embora vários legumes sejam frutos (berinjela, pepino, abóbora, etc.) o uso dessa palavra na tradução bíblica faz parecer a dieta de Daniel muito restritiva e desequilibrada... roubando a credibilidade da fórmula do Éden, levando os leitores a achar que o sucesso de Daniel foi apenas resultado de um milagre de Deus, como prêmio por não ter se alimentado de comida oferecida aos ídolos. A maioria dos cristãos tem essa visão por não quererem enxergar aí a conexão com Gênesis 1.(Ver também Lição 1 da Esc. Sab. do 4o. trim. de 2004 - parte de terça-feira / Confirme também com judeus que conhecem hebraico).

02 - ...Mas comer só "legumes" não é certo!
Verdadeiro. Daniel também sabia disso, e por isso escolheu uma alimentação superior e completa. Segundo o dicionário on-line PRIBERAM, "legumes" quer dizer grãos de vagens e hortaliças (como cenoura, rabanete, beterraba, quiabo, etc.) .Alguém que se alimente só do que hoje conhecemos por "legumes" com certeza sofrerá alguma falta de nutrientes indispensáveis. A escolha de Daniel foi bem diferente e ampla: sementes (que inclui cereais, castanhas e grãos leguminosos - feijões,etc. e ainda todos os tipos de frutos doces, ácidas e salgadas (tomate, chuchu, abóbrinha, berinjela, giló, etc.)

03 - Mas sem a carne, Daniel ficava fraco, sem proteína....
Falso. Todas as sementes tem proteína da mais alta qualidade. Como toda semente tem a vida concentrada nela, têm também o mais puro reservatório de proteína para si (é dela que vai surgir a planta inteira), a semente é a guardiã do futuro da vida! É a fonte de proteínas que Deus criou para nós. Ao comermos grãos de feijão, por exemplo, nosso corpo consegue muito mais facilmente extrair suas proteínas do que as da carne. Além do mais, se o boi, rinoceronte, elefante, etc. conse guem se formar e se manter só com proteínas vindas de capim, verduras e outras ervas, então por que matarmos animais para comermos suas proteínas? Seria comer proteína de segunda-mão, de terceiros. Pelo contrário, é melhor ir direto à fonte, direto ao primeiro fornecedor. Sai mais barato. Sabemos que as proteínas de origem animal são maiores e mais difíceis de serem metabolizadas no corpo humano e deixam resíduos ruins como ácido úrico, mau colesterol, etc. resultando em doenças. Já as proteínas de origem vegetal, são perfeitas, menores, mais fáceis para metabolismo e cansam menos o corpo no processo, sem deixar aquelas sujeiras. (Por isso que Daniel ficou mais forte, mais bonito, comendo "sementes e frutos" e com a mente muito mais ágil! VER DANIEL 1: 15-20)

04 - Então por que Deus ordenou após o pecado, que o homem comesse verduras, ervas?
Verdadeiro. Aqui há várias respostas. Veja por exemplo a questão do ponto de vista espiritual e físico:

1) A queda do homem, significou a rendição de seu reinado sobre o planeta, a entrega do seu domínio para Satanás; mostrando que o homem não mandaria mais no planeta, mas seria mandado pelo inimigo de Deus. Fora criado para mandar, mas desprezou a inteligência que Deus lhe dera como distinção, e agiu como um animal, aceitando as ordens de outro que não era Deus. Como símbolo, Deus ordenou que o homem passasse a comer as verduras dos animais, já que entregara aquela autoridade e liberdade para outro. Comer as ervas verdes é simbolo disso, como aconteceu a Nabucodonozor. É impressionante esse registro coincidir com a experiência de Nabucodonozor com Deus registrada em Daniel 4. Não é por acaso que o Senhor quis esse registro bem no livro destinado para ser aberto só no tempo do fim.  

2) As verduras, com seu altíssimo teor de fibras, celulose, etc. são inadequadas na maquinaria viva do corpo humano. Enquanto as sementes e frutos em seu estado integral fornecem fibras na quantidade e qualidade perfeita, adequada para o corpo humano (gerando perfeita absorção e limpeza), as folhas, flores e caules desequilibram essa proporção ocasionando uma "varredura" dos nutrientes bem além do necessário no intestino. Esse excesso de fibras e fitatos das ervas parecem "aprisionar", "sequestrar" os nutrientes, tornando-os indisponíveis na corrente sanguínea, enfraquecendo o sangue. O corpo do homem não foi preparado para isso, já o corpo dos animais sim... (o boi por exemplo, com 2 estômagos, consegue no primeiro estômago preparar a celulose, depois manda para o outro para aproveitar as ervas de uma forma própria que o homem, com 1 estômago só não faz). Deus sabia desse efeito e utilizou sua ordem para propiciar menos vitalidade ao pecado e ao pecador, principalmente naquela fase de tanto vigor humano experimentada pelos antediluvianos. Ao permitir que comêssemos das ervas verdes, (Gênesis 3:3) A Providência viu que seria bom para o organismo em pecado sofrer essa debilidade, essa inadequação, pois reduziria a vida no pecado, faria ao homem viver menos, sofrer menos e ter menos experiência no pecado. Esse conceito Deus ampliou ainda mais após o Dilúvio. (Comparar Gênesis 9:3 e seus resultados no declínio da longevidade humana em Gênesis 11)

05 - Precisamos da vitamina B12 que só tem em alimentos Carneos.
Falso. Esse é um conceito totalmente equivocado. Nunca devemos perder de vista que a Palavra de Deus está muito à frente da ciência. Como assim? É isso mesmo! A ciência sem Deus é míope; coloca todos os vegetais no microscópio do laboratório e procurando as vitaminas não encontra a vitamina B12. Coloca a carne no microscópio e vê lá a vitamina B12. Daí se conclui: a carne é insubstituível porque só ela tem a vitamina B12... ou "...a carne tem mais nutrientes que os vegetais..." etc. Nada mais sutilmente errado!
Vamos analisar. Primeiro, esse tipo de afirmação já embute a idéia de um possível equívoco de Deus, ao privar Adão e Eva da vitamina B12, uma vez que eles não se alimentavam de carne. Se Deus só deu a B12 após o pecado, Ele estaria mostrando que "tinha esquecido de dar alguma coisa" no Éden, e que já não seria tão perfeito assim... ainda argumentar que a vitamina B12 não era necessária antes do pecado, e que "após o pecado as condições climáticas, psíquico-físicas do corpo-humano sofrera alteração, mutação espiritual e que por isso, nessa nova realidade seria importante acrescentar a B12, para complementar a nutrição, através da ingestão de alimentos de origem animal..." é menosprezar a inteligência divina, que teria demorado quase 2000 anos para, somente após o Dilúvio, perceber que o ser humano já precisava da B12 desde Caim e Abel. Esse atraso de Deus seria no mínimo injusto para com os antediluvianos, além de afrontar Sua sabedoria. Falar que só após o Dilúvio a B12 se tornou necessária é repetir a mesma incoerência, além de insinuar que o ser humano é a grande vítima das mudanças de humor de Deus (isso lembra muito a idéia que os pagãos tinha de seus deuses).

Mas a Bíblia mostra que Deus é estável e não mudou

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